sábado, 20 de fevereiro de 2010

169- MENTIRAS ESCONDIDAS NOS RÓTULOS DOS ALIMENTOS

O site The Daily Green publicou uma matéria sensacional sobre os rótulos dos alimentos e o marketing por trás deles, que nos fazem comprar errado – ou se iludir com a comida. Fiz aqui um resumo/adaptação dos nove itens citados por eles para melhorar a qualidade das nossas compras - e fazê-las sem ilusões...

Alimentos integrais
Cuidado com produtos que possuem apenas um mínimo de cereais inteiros (não refinados) para ganhar o nome de Integral. Alguns realmente não são feitos apenas com eles, como é o caso do pão, que precisa da farinha integral e da farinha refinada em sua composição (mas que mesmo assim vale mais a pena do que a versão tradicional, já que possui mais fibras). Procure os ingredientes no rótulo do produto. A ordem em que eles são colocados é importante: o primeiro ingrediente é o que aparece em maior quantidade na receita, o segundo aparece um pouco menos... Então, se os cereais integrais estiverem entre os últimos ingredientes, desconfie e troque de marca.

Ingredientes
A ordem em que eles aparecem, como escrevi acima, ajuda a desvendar as quantidades. Ainda assim, atenção. A farinha enriquecida pode ser o primeiro ingrediente de um bolo– o que significaria que ela é o principal na receita. Aí você nota que no resto da lista tem frutose, xarope de milho, melado, maltodextrina, dextrose... todos nomes diferentes para a mesma coisa: açúcar! Somando tudo, descobre que o açúcar, no fim das contas, é o principal ingrediente.

Porções
Quem faz dieta já se acostumou com isso: para saber as calorias de um alimento, você vai na tabela de “informações nutricionais” que mostra as quantidades dela e dos nutrientes em uma determinada porção do alimento. O problema está justamente no tamanho dessa porção. E nos números que enganam o nosso cérebro. Exemplo: a pipoca de microondas natural da Yoki possui 99 kilocalorias, 13 gramas de carboidratos, 4,5 gramas de gorduras – quantidades bem aceitáveis - em 25 gramas do produto, o equivalente a mais ou menos uma xícara de pipoca. Agora, quem come apenas uma xícara de pipoca? Para se ter uma ideia, o pacote inteiro (que uma pessoa sozinha come facilmente), tem 100 gramas. Então, multiplique todos aqueles números lá de cima por 4 e você vai entender o que eu quis dizer com “enganar o cérebro”...
Omega 3
Ele é um ácido graxo poliinsaturado que ajuda na saúde do coração e no desenvolvimento do sistema nervoso das crianças. Mas não se esqueça: um ovo enriquecido com Omega 3 continua sendo um ovo com colesterol. Não abuse de um alimento apenas porque ele tem um ingrediente considerado saudável.

Fruta de verdade
Você vê aquelas embalagens com fotos de frutas fresquinhas, ainda molhadas, quase dá para sentir o cheiro. Lê na caixa que é um produto natural e pronto, seu cérebro (ele de novo!) começa a achar que aquilo é o máximo, quase um produto da fazenda que acabou de chegar para sua mesa. Máximo é o ótimo fotógrafo que fez a foto e a agência de publicidade que bolou o resto. Se você prestar atenção ao rótulo, vai ver que além da tal fruta de verdade, superhiper concentrada (e dá-lhe frutose), também terá aroma artificial da tal fruta, corante artificial para dar mais cor, e um monte de açúcar. Então, se quiser fruta de verdade, coma fruta. E se quiser açúcar, coma doce. Mas não se iluda.

Gordura Trans São vários os produtos que apresentam o selinho “livre de gordura Trans”. Ótimo. Mas continue olhando para os outros ingredientes e nutrientes. Segundo o artigo do The Daily Green, muitos fabricantes simplesmente passaram a chamar a gordura trans de gordura saturada.

Free Range Eggs
Seria o equivalente ao nosso ovo caipira, botado por uma galinha livre, que vive ao sol, indo e vindo conforme sua vontade, e que por isso mesmo daria ao mundo ovos mais naturais e gostosos. O problema é que nem sempre a palavra caipira no rótulo significa uma galinha livre. Ás vezes a coitadinha só tem direito a algumas horas de sol, talvez minutos, nunca dá para saber quanto...

Fibras
São muitos os produtos que dizem conter fibras hoje em dia. Mas o que eles realmente possuem são fibras “pós purificadas”, chamadas inulina, polidextrose e maltodextrina. E, até agora, essas fibras artificiais não parecem ajudar a reduzir o colesterol do sangue ou ter outros benefícios que as fibras naturais têm.Se quiser fibras, coma frutas, legumes, cereais integrais.
Comida não é remédio
Um produto não pode ter em sua embalagem a frase “ajuda a reduzir o risco de doença cardíaca” mas pode ter “ajuda a manter um coração saudável”. O que engana novamente o cérebro das pessoas que acreditam que comer aquele alimento pode curá-las de qualquer coisa. Comida é comida, remédio é remédio.
Fonte: Comer para Crescer

Lena Rodriguez
www.cuidebemdevoce.com

2 comentários:

  1. Muito bom levantar estas questões.
    O Dr. marcio Bontempo, publicou um livro pela Editora L&PM chamdo: RELATÓRIO ORION
    Trata-se de uma denúncia sobre os perigos dos agrotóxicos e alimentos industrializados.
    Fala sobre a utilização de hormônios sintéticos femininos nos frangos, carnes, embutidos e suas consequências desastrosas para a nossa saúde.

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  2. alimento sudável eram aqueles do tempo das bisas,sem agrotóxicos, e tudo era feito manualmente.a modernidade ajudou mas deixou as pessoas preguiçosas,até a geladeira tem água na porta para não abrir a porta.que preguça!

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