segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Engodo da AIDS, comércio com o coração e com a procriação, máfia do câncer

 Engodo da AIDS, comércio com o coração
e com a procriação, máfia do câncer:
o médico alopata do século XX
Ian Kennedy, no trabalho Unmasking Medicine
Desmascarando a Medicina), afirmou em 1981:

“A medicina moderna tomou o caminho errado.
Avidamente aceita pela população, a natureza da medicina moderna faz com que seja
decididamente nociva à saúde.”

Ivan Illich, Rick Carlson, Robert Mendelsohn e Fritjof Capra, eminentes acadêmicos, mostram que a medicina alopática é a principal ameaça à saúde do mundo ocidental. São quatro as áreas em que é mais nociva à saúde pública: AIDS, câncer, doenças cardiovasculares e obstetrícia.

Uma das falhas óbvias da alopatia é sua miopia frente à nutrição — que está na raiz dos problemas em tantas áreas. Outra falha é sua paixão pelos produtos farmacêuticos como sistema de tratamento. Um problema grave é a visão simplista e mecanicista do corpo humano e das doenças, aliada ao apego a doutrinas científicas ultrapassadas. Todas essas falhas são agravadas por uma atitude tacanha de proteção de interesses, que torna impossível penetrar no mundo real da saúde.

Não devemos permitir que as indústrias, que lucram com os cuidados da saúde, dominem o sistema de saúde, suas instituições e a educação dos profissionais da área. Temos hoje um complexo alopático/ industrial cujas ramificações parecem um prato de espaguete ou uma pilha de minhocas, envolvendo órgãos estaduais e federais, universidades, associações comerciais e conselhos de controle do exercício profissional — todos procurando proteger seus interesses. Drenam os recursos do país a uma velocidade espantosa, com custos exorbitantes para o governo e para o público que paga por seus cuidados de saúde. Por um lado, existe um conchavo entre os órgãos governamentais e as associações comerciais tentando suprimir a concorrência à alopatia. Por outro, órgãos governamentais diferentes estão tomando medidas legais contra as mesmas associações comerciais, para proibir atividades que impeçam a livre concorrência. É um verdadeiro caos!

Temos um sistema oficial de pesquisa médica incapaz de fornecer qualquer resultado significativo e totalmente incapaz de combater as doenças fatais mais importantes. Ele consome, anualmente, bilhões de dólares dos nossos impostos para realizar pesquisas que não têm sentido e para amplas campanhas que procuram convencer o público de que os impostos são bem gastos.

A guerra contra o câncer, mal direcionada e desorganizada, e a pesquisa sobre a AIDS consomem bilhões de dólares. Há mais pessoas vivendo da AIDS e do câncer do que pessoas morrendo dessas doenças — mas nenhuma delas consegue produzir qualquer diminuição nos coeficientes de mortalidade por essas doenças.

Os resultados reais obtidos em pesquisas contra o câncer e contra a AIDS vêm inteiramente do setor privado e são financiados com recursos dos próprios pesquisadores. O sistema de pesquisa oficial gasta mais em relações públicas do que em pesquisa de saúde pública. E uma parcela da pesquisa de saúde pública até consegue suprimir medidas de saúde pública, em vez de promovê-las.

Tudo isso é o resultado direto do controle da indústria sobre o sistema de saúde e suas instituições.

A rede hospitalar foi o primeiro componente do sistema de saúde a entrar em colapso e é rapidamente substituída por empresas que pouco se preocupam com a saúde pública. Precisamos de hospitais, mas não na quantidade em que foram construídos. O excesso de hospitais gerais, principalmente em áreas urbanas, é assustador e sem precedentes nos Estados Unidos. Mais de 50% das internações feitas durante a última década foram desnecessárias. Ocorreram por conveniência dos médicos ou porque as companhias de seguro-saúde pagavam pelas intervenções realizadas nos hospitais, mas não por intervenções semelhantes realizadas no consultório médico.

A utilização abusiva do hospital geral contribuiu muito para a elevação dos custos e para a construção exagerada de unidades hospitalares. O tratamento da doença em fase terminal, no hospital geral, é bem mais lucrativo para o médico (e para o hospital) do que a detecção precoce e a prevenção da doença. Isso levou os médicos alopatas a se dedicarem principalmente à intervenção em casos de crise e aos doentes terminais, mostrando pouco interesse pelos cuidados preventivos. Na realidade, o tratamento dos doentes terminais produz um impacto muito pequeno na saúde e, sendo alopático, pode ter o efeito indesejado de até prolongar o sofrimento. Tudo isso é agravado porque a profissão médica luta para manter seu domínio sobre os cuidados de saúde e se opõe a qualquer sistema capaz de produzir um impacto positivo na saúde pública.

A obstetrícia tem o exemplo mais espalhafatoso da comercialização da medicina. A gravidez, como se sabe, é um processo feminino normal e natural, não uma doença. Por milênios, mulheres cuidaram de outras mulheres durante o parto e, em 97% das vezes, foram muito bem-sucedidas. No final do século dezenove, começou a medicalização da gravidez nos Estados Unidos e as parteiras foram expulsas do cenário. Conseguiram convencer a esmagadora maioria das mulheres americanas de que o único lugar para se ter um bebê é o hospital local. Na hora do parto, são admitidas ao hospital, confinadas, de costas, a um leito, presas a um monitor fetal e depois alertadas de que precisam de uma cesárea.

Isso foi longe demais e as feministas começaram uma rebelião social contra o que chamam de imperícia médica masculina. Começaram a ressuscitar o parto domiciliar e o trabalho das parteiras. Um número crescente de mulheres está descobrindo que os hospitais não são lugares particularmente seguros para se ter o bebê; estão indo para casas de parto independentes ou tendo o bebê em casa.

Os comerciantes do coração são de duas variedades. Temos cirurgiões que, à mais leve indicação de respiração curta ou dor no peito, procuram implantar ponte tríplice de safena. E temos os distribuidores de medicamentos tão letais quanto os ataques cardíacos que devem adiar ou prevenir. Houve grande confusão quando foi divulgada a pesquisa provando que as pontes de safena são ineficazes para a maioria das pessoas com oclusão coronária — e quando os repórteres de TV denunciaram os medicamentos que podem causar a morte como efeito colateral.

Ambos os grupos procuram convencer todo mundo de que a quelação com EDTA — um tratamento preventivo eficaz e econômico para a oclusão coronária — é charlatanismo. Oferecem conselhos nutricionais absurdos a respeito de colesterol e dietas, recomendações muitas vezes conflitantes, imprecisas ou até mesmo prejudiciais a saúde.

Também no tratamento do câncer, o público está acordando e percebendo o que está acontecendo. Os doentes foram cortados, queimados e envenenados até que, de repente, o Conselho Nacional de Pesquisas publicou um grande livro informando à nação que dietas e nutrição — sempre caracterizadas como charlatanismo — eram, na realidade, boas para prevenir o câncer.

Enquanto os repórteres da NBC, CBS, CNN e ABC lêem o “New England Journal of Medicine”, “Surgey”, “JAMA” e “Internal Medicine” mais avidamente que os professores nas escolas de medicina, não há muitos sorrisos nos conselhos de medicina. Aqueles que não estão lendo um novo livro a respeito de como mudar para a medicina holística estão desorientados, escrevendo cartas para os médicos da TV e perguntando seriamente: “Por que o público nos odeia tanto?

Diabos, eles estão errados, ninguém os odeia. A América sempre amou os vendedores de óleo de cobra. O médico alopata do século vinte será venerado em nosso folclore junto com Jesse James, Billy the Kid, Bonnie e Clyde como heróis do povo americano, que roubaram a todos e fizeram com que gostássemos disso.

Eles foram grandes. Venderam para todos a medicina moderna alopática durante mais de meio século antes que qualquer um de nós acordasse. Você simplesmente tem que admirar pessoas que conseguem enganar assim por tanto tempo, tirando, com aparência de santos, bilhões do bolso do público. Está tudo dentro da melhor tradição da livre iniciativa, não é mesmo?

Vamos observar, pela última vez, o gênio alopata do século vinte enquanto ele desaparece no pôr-do-sol. Provavelmente não veremos uma imagem semelhante novamente e o que o substituir nunca será tão colorido; sessenta bilhões de dólares para a pesquisa do câncer sem uma única cura — ora, isso é fantástico! E vinte bilhões por ano para as pontes de safena — puxa, eles foram os campeões!
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Fonte: Raum&Zeit, vol.2, n.2, 1990
 
"A humanidade é imbecil demais para este planeta.
Os homens precisam se autodestruir o mais depressa possível.
O engodo da AIDS não deve se tornar público para evitar que a humanidade acorde e, então, destrua toda a criação".

Ivan Illich, autor do livro
"
A Expropriação da Saúde — Nêmesis da Medicina"
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