Ela tinha em seus registros 30 mil casos de cura. E este foi o motivo que a fez morrer na prisão aos 71 anos de idade.
Dra. Ruth, o tempo foi passando, e os séculos antigos começaram a mostrar aos séculos 20 e 21, o que eles guardavam em suas memórias. Com a mesma humildade de seus sábios, aqueles que quiseram beber do seu conhecimento.
Os  séculos antigos aguardam novos alunos! E se novos aprendizes não vão  até eles, eles se apresentam entre nós através de arqueólogos, místicos,  cientistas, pesquisadores... A senhora, Dra. Ruth, sabe como isso  funciona!
Assim aconteceu com a ciência que hoje tem o nome de Radiônica.  Os antigos egípcios conheciam seus fundamentos e aplicações. Os romanos  e gregos usaram seus princípios com objetivos terapêuticos. Depois,  somente no século 15 alguns poucos se entregaram ao estudo da “técnica”  da Cura à Distância. Creio que lembrar agora de Paracelso causa-lhe  agradável contentamento!
Bem  sabemos Dra. Ruth, que de Paracelso até o início do século 20 há um  grande vazio de registros sobre o estudo e a aplicação da Radiônica. É  lamentável. Contudo, a vinda do Dr. Albert Abrams – que lhe é tão  saudoso – mudou todo o panorama de esquecimento a que esta arte-ciência  foi relegada. 
Sei  que esta carta vai ser lida por muitas pessoas. Portanto, peço a sua  permissão, Dra. Ruth, para lembrar aqui alguns dados sobre o Dr. Abrams,  com a intenção de que essas pessoas o avaliem melhor, caso ainda não o  conheçam:
Albert  Abrams formou-se em Medicina em Berlim, estudou em Paris e Londres, e  fez seu doutorado em Patologia na Universidade de Stanford, Estados  Unidos. Seu gênio de pioneiro o fez interessar-se pela Radiônica, e logo  estava diagnosticando e tratando enfermidades que em sua época eram  incuráveis.
Em 1922, usou uma amostra de sangue de um paciente que se encontrava distante  e obteve sucesso no seu diagnóstico. Ele narrou esse fato na revista  “Physical Medicine Magazin”. Por esse motivo e por outros tantos mais  chamou a si toda espécie de resistência ao seu trabalho, à sua  integridade como ser humano, à sua competência como cientista  pesquisador.
A  senhora, Dra. Ruth, viu bem de perto o sentimento de humanismo que o  saudoso Dr. Abrams possuía. A senhora sabe como poucas pessoas que ele  não via fama e riqueza em seus próprios horizontes. Afinal, a senhora  foi aluna dele! 
Bem  lembra à senhora que o Dr. Abrams chegou à conclusão de que o corpo  humano era uma “caixa de ressonância”; e que as vibrações emitidas pelos  órgãos do corpo tinham, cada uma delas, sua própria medida. A sífilis,  por exemplo, tinha a equivalência de 55 Ohms; o câncer, 50 Ohms e assim  por diante. 
E  ele descobriu que as doenças e os próprios agentes patogênicos poderiam  ser identificados com o uso do aparelho que construiu o “Biometer”. À descoberta do Dr. Abrams, os pesquisadores de sua época chamaram de “Electronic Reaction of Abrams” (Reações Eletrônicas de Abrams).
Peço-lhe  desculpas, Dra. Ruth, porque sei que essas lembranças vão envolvê-la em  saudades e emoções. Porém, ao mesmo tempo, creio que vão alegrá-la  ainda mais, nesses seus dias de repouso. Enquanto a senhora descansa por  algum tempo do seu difícil e vitorioso trabalho, permito-me citar  algumas de suas realizações, ao conhecimento das pessoas que também  lerão essa carta. Creio que posso dizer algo assim:
Ruth Beyner Drown  nasceu no Colorado, Estados Unidos, em 1892. Seu pai era fotógrafo  profissional, o que, naturalmente, contribuiu para mais tarde ela se  empregar em um laboratório fotográfico, onde veio a aprender fotografia e  técnicas elétricas.
Formou-se  em engenharia, e foi trabalhar na Companhia Edison da Califórnia como  engenheira de antenas de rádio. E sem que percebesse, o destino a  conduziu ao encontro da Radiônica, em um caminho no qual absorvia a cada  trecho os conhecimentos da arte-ciência que era chamada até então, de  “Radioterapia”.
Certa  vez participou de uma palestra sobre a “Terapia de Rádio”. Não teve  dúvidas: como sua formação era em engenharia, retornou à universidade e  formou-se em ciências médicas na especialidade de Quiropatia. A seguir,  tornou-se aluna do Dr. Albert Abrams e, após a morte do seu mestre,  fundou o Centro de Pesquisas Drown – onde aprofundou seus estudos e  começou a diagnosticar de acordo com a "nova terapia”.
Dra.  Ruth B. Drown, movida por seu interesse em “radioterapia” reuniu seus  conhecimentos em eletricidade e medicina para desenvolver aparelhos  radiônicos. Criou o “Homo Vibra Ray Instrument” (Instrumento de Raios de Vibrações Homogêneas), que ficou sendo a base (instrumental) da Radiônica.
Com  esse aparelho a Dra. Ruth Drown obteve a cura de muitas pessoas. O  “Homo Vibra Ray” irradiava o mesmo tipo de energia que a doença  irradiava, e sua cura se dava, em resumo, com esse mesmo nível  vibratório. Está registrado que vários médicos o compraram, e esse  aparelho ficou conhecido na América e na Europa.
Um dia a Dra. Ruth soube o quanto é árduo o caminho dos pioneiros: ela tinha quase 30 mil casos  de cura com esse aparelho (e seguidores em alguns países), porém, o  Departamento Federal de Remédios norte-americano, (no uso de suas  atribuições) alegou que não havia embasamento racional na teoria médica  para esse tipo de tratamento. E a Dra. Ruth Drown foi julgada,  considerada culpada e presa – por curar pessoas com uma ciência não  conhecida e não admitida nos círculos científicos de então.
Quando  saiu da prisão, seu pioneirismo e sua alma de pesquisadora a levaram de  volta às pesquisas, ao seu trabalho. E foi presa novamente, por não ter  obedecido a ordem judicial anterior... E morreu na prisão aos 71 anos  de idade.
Leis  não são para serem discutidas, mas sim cumpridas. Assim, não nos cabe  aqui qualquer discussão de sentenças, porque o respeito à soberania das  leis das nações é um dever de todo ser humano.
A  liberdade que nós temos como cidadãos do Século 21 permite, sem  punições arbitrárias, irmos até os séculos antigos, depositários do  conhecimento adquirido pelo ser humano ao longo de muitas e muitas eras.  Ou permite que eles venham até nós para nos lembrar de que no  Museu do Cairo há uma arca construída há cinco mil anos. Pesquisadores  de várias nacionalidades a consideram um “Instrumento de Radiônica”.
Dra.  Ruth. A senhora sabe o quanto ainda precisa ser feito para que as  ciências antigas sejam integradas às ciências modernas, e vice-versa.  Isto somente trará benefícios às pessoas desse início de Era Global, aos  profissionais de várias áreas e, principalmente, aos seres humanos que  estão padecendo de doenças graves, algumas até mesmo incuráveis. A não  ser, talvez, pela Radiônica... 
Pelo  que lhe fizeram e pelo que não a deixaram realizar, permita-me pedir  que nos perdoe a todos. Apesar de saber que sua a luz jamais deixou de  nos perdoar.
© 2010 – Do livro “Águias Feridas”, de Carlos Morandi, publicação em 2011. 
Fonte: Carlos Morandi Blog
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