

Déficit de Atenção é a dificuldade em manter a atenção concentrada, é a principal característica do Transtorno do Déficit de Atenção. Este distúrbio tem origem orgânica, relacionada a uma estrutura cerebral chamada lobo pré-frontal.
Quando esta estrutura cortical tem seu funcionamento comprometido, o individuo apresenta vários problemas, entre eles dificuldade de focar a atenção.
Os principais elementos comportamentais que acompanham o Déficit de Atenção são a Hiperatividade e a Impulsividade.
É importante citar que a Hiperatividade e a Impulsividade podem acompanhar o Déficit de Atenção, mas isto não é obrigatório. Há pelo menos três tipos amplamente aceitos de Déficit de Atenção, em função da presença ou não da Hiperatividade e da Impulsividade.
Associado à baixa tolerância à frustração e controle de impulsos, estas crianças geralmente tem problemas em relacionamentos interpessoais com colegas e professores. Na área escolar, a Hiperatividade e a desatenção levam a prejuízos no desempenho acadêmico, que podem tornarem-se crônicos.
O tratamento para crianças com TDAH baseia-se em um planejamento de ação em múltiplas frentes: Farmacoterapia sob indicação Médica, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Psicomotricidade, Psicoterapia, orientação para Pais e Professores.
Tratando-se de adolescentes, além dos desafios próprios do TDAH, a fase em questão coloca uma série de questões específicas, ligadas ao interesse pelo sexo, ampliação das amizades e interesses. Os comportamentos opositivos mais freqüentes nessa fase são em relação aos desafios às regras da família e maior intensidade emocional, entre outros.
Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Pode falar, comer, comprar entre outros compulsivamente e sobrecarregar-se no trabalho, muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics.
Apresentam tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, internet, salas de bate papo entre outros.
Interrompe a fala dos outros e a sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas.
Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade contando muitos detalhes, sem perceber como se comunica, no entanto, não tem paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.
Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes apresentam episódios de raiva incontrolável.
Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes, etc.
Apresentam instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.
Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.
A comunicação costuma ser compulsiva, sem filtro para inibir respostas inadequadas, o que pode provocar situações constrangedoras e/ou ofensivas: fala ou faz e depois pensa.
Tem um temperamento explosivo: não suporta criticas, provocações e/ou rejeição.
Dificuldade em seguir regras ou normas pré estabelecidas. Daí a grande importância na escolha da profissão. O ideal é que o indivíduo trabalhe com criatividade e que tenha certa liberdade de fazer “tudo do seu jeito, no seu tempo”, desde que crie uma estrutura para mantê-lo em seu objetivo. Dificilmente conseguirá sucesso num trabalho burocrático, rotineiro ou repetitivo.
Rompe com certa facilidade relacionamento de trabalho, sociais e/ou afetivos. Pode mudar inesperadamente de planos e metas. Sexualidade instável: pode alternar períodos de grande impulsividade sexual, com outros de baixo desejo.
Hipersensibilidade: pode melindrar-se facilmente, tendo uma tendência ao desespero, incapacitando muitas vezes de ver a realidade como ela realmente é, e buscar soluções.
Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com seus próprios devaneios ou então um simples estímulo externo tira a pessoa do que está fazendo.
Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros, entre outros. Dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito. Às vezes parece não ouvir quando o chamam, muitas vezes é interpretado como egoísta, desinteressado, chato, etc.
Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupo. Às vezes capta apenas partes do assunto, outras enquanto ouve já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro.
Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental. Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa, muitas vezes é visto como irresponsável.
Dificuldade em organização (mesa, gavetas, arquivos, papéis, etc) e com o planejamento do tempo costuma achar que é 10 e que o dia tem 48 horas. Problemas de memória a curto prazo: perde ou esquece objetos, nomes, prazos, datas... Durante uma conversa pode ocorrer um “branco” e a pessoa esquecer o que ia dizer.
Nos adolescentes, o problema maior é a tendência ao abuso de drogas.
Assim, este transtorno também pode ser chamado de TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e TDAHI – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e Impulsividade.
Além disso, é fundamental criar estratégias para compensar a desorganização natural e a falta de atenção dessas pessoas. Quanto mais rotineiras e sistemáticas forem, melhor será seu desempenho nas diferentes áreas. De modo geral, os adultos com Déficit de Atenção e Hiperatividade já desenvolveram algumas estratégias para lidar com as próprias dificuldades. Como sabem que são distraídos, anotam com cuidado os compromissos na agenda, criam hábitos como deixar os objetos sempre no mesmo lugar e estabelecem determinadas rotinas na vida.
Com relação às crianças, os pais devem desenvolver atitudes comportamentais de organização e regras com limites, que irão ajudar a criança a habituar-se a essas regras, tarefas e deveres. Outra dica importante é reconhecer os danos causados pelo TDAH e procurar tratamento adequado.