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domingo, 16 de setembro de 2012

Quem deseja buscar Saúde não deve procurar Doenças


Médico alerta para Excesso de Diagnósticos e Riscos de "Epidemia" de Exames Preventivos


Doenças devem ser detectadas o quanto antes, para que haja sucesso no tratamento, certo?


Não, segundo o médico americano H. Gilbert Welch. O especialista em clínica médica é autor de "Overdiagnosed", recém-lançado nos Estados Unidos.
No livro, Welch, pesquisador da Universidade Dartmouth, afirma que a epidemia de exames preventivos, ou "screening", como são chamados nos EUA, coloca a população em perigo mais do que salva vidas.
Citando pesquisas, ele mostra evidências de que muita gente está recebendo "sobrediagnóstico": são tratadas por doenças que nunca chegariam a incomodá-las, mas que são detectadas nos testes preventivos.
"O jeito mais rápido de ter câncer? Fazendo exame para detectar câncer", disse ele à Folha, por telefone.
Folha - Como exames preventivos podem fazer mal? 
H. Gilbert Welch - A prevenção tem dois lados. Um é a promoção da saúde. É o que sua avó dizia: "Vá brincar lá fora, coma frutas, não fume". Mas a prevenção entrou no modelo médico, virou procurar coisas erradas em gente saudável, virou detecção precoce de doenças. Isso faz mal. Não estou dizendo que as pessoas nunca devem ir ao médico quando estão bem. Mas a detecção precoce também pode causar danos.
De que maneira isso ocorre?
Quando procuramos muito algo de errado, vamos acabar achando, porque quase todos temos algo errado. Os médicos não sabem quais anormalidades vão ter consequências sérias, então tratam todas. E todo tratamento tem efeitos colaterais.
Há um conjunto de males que podem decorrer de um diagnóstico: ansiedade por ouvir que há algo errado, chateação de ter que ir de novo ao médico, fazer mais exames, lidar com convênio, efeitos colaterais de remédios, complicações cirúrgicas e até a morte.
Para quem está doente, esses problemas não são nada perto dos benefícios do tratamento. Mas é muito difícil para um médico fazer uma pessoa sadia se sentir melhor. No entanto, não é difícil fazê-la se sentir pior.
Os médicos dizem que a detecção precoce é essencial no caso do câncer. Mas você diz que é perigoso. Não se deve tratar qualquer tumor inicial?
Não. Se formos tratar todos os cânceres quando estão começando, vamos tratar todo o mundo. Todos nós, conforme envelhecemos, abrigamos formas iniciais de câncer. Se investigarmos exaustivamente vamos achar câncer de tireoide, mama e próstata em quase todos. A resposta não pode ser tratar todos e nem tratar todo mundo. Ninguém mais ia ter tireoide, mamas ou próstata. Câncer de próstata é o símbolo dessa questão.
Por quê?
Há 20 anos, um teste de sangue foi introduzido para detectar câncer de próstata. Vinte anos depois, 1 milhão de americanos foram tratados por causa de um tumor que nunca chegaria a incomodá-los. Esse teste é o PSA [antígeno prostático específico]. Muitos homens têm números anormais de PSA. Eles fazem biópsias e muitos têm cânceres microscópicos e fazem tratamento, o que não é mero detalhe. Pode ser retirada da próstata ou radioterapia. Isso leva, em um terço dos homens, a problemas sexuais, urinários ou intestinais. Alguns até morrem na operação. Não podemos continuar supondo que buscar a saúde é procurar doenças.
Qual é o impacto desses testes de próstata na população?
Um estudo europeu mostrou que é necessário fazer exames preventivos de PSA em mil homens entre os 50 e 70 anos, por dez anos, para evitar a morte por câncer de uma pessoa. É bom ajudar uma pessoa. Mas precisamos prestar atenção às outras 999. Por causa desses exames, de 30 a 100 homens são tratados sem necessidade.
As pessoas precisam refletir. Cada mulher pode decidir se quer fazer mamografia todo ano. Mas temo que estejamos coagindo, assustando e incutindo culpa nelas, para que façam mamografias.
Mas a detecção precoce não é o fator que mais reduz a mortalidade de câncer de mama?
Na verdade, não. Os esforços mais relevantes no câncer de mama vêm de tratamentos melhores, como quimioterapia e hormônios. Os avanços no tratamento nos últimos 20 anos reduziram a mortalidade em 50%.
O problema é se adiantar aos sintomas. Não há dúvida de que uma mulher que percebe um caroço deva fazer uma mamografia. Isso não é teste preventivo, é exame diagnóstico. Claro que os médicos preferem ver uma mulher com um pequeno nódulo no seio do que esperar até que ela desenvolva uma grande massa. A questão não é entre atendimento cedo ou tarde, mas entre buscar atendimento logo que você fica doente e procurar doenças em quem não tem nada.
Critérios usados em exames como de pressão e diabetes estão mais rígidos. Estão deixando todo mundo 'doente'?
Sim. Somos muito tirânicos sobre saúde. O que é saúde? Se formos medicalizar a definição de saúde, seria: "Não conseguimos achar nada errado". A pressão está abaixo de 12 por 8, o colesterol está abaixo de tal valor, fizemos uma tomografia e não há nada de errado. Se essa virar a definição de saúde, pouquíssimas pessoas serão saudáveis. É certo tachar a maioria como doente? Saúde é muito mais do que a ausência de anormalidades físicas.
Por que essa conduta está se tornando dominante?
Os médicos recebem mais para fazer mais, o que ajuda a alimentar o círculo vicioso da detecção precoce. É um bom jeito de recrutar mais pacientes, de vender mais remédios ou exames. Nos EUA, há os problemas de ordem legal. Os advogados processam os médicos por falta de diagnóstico, mas não há punições para sobrediagnóstico.
E tem quem creia realmente na detecção precoce. Nunca se diz que há perigo nisso. Pacientes diagnosticados com câncer de próstata e mama por detecção precoce têm muito mais risco de serem sobrediagnosticados do que ajudados pelo teste. Quando você ouve histórias de sobreviventes de câncer, na maioria das vezes o paciente acha que sua vida foi salva porque ele fez um exame preventivo.
E isso não é verdade?
Ele tem mais chance de ter sido tratado sem necessidade. Histórias de sobreviventes geram mais entusiasmo por testes e levam mais pessoas a procurar doenças, gerando sobrediagnóstico.

O que fazer para evitar isso?
Um paciente nunca vai saber se recebeu um sobrediagnóstico. Nem o médico sabe. Não é preciso decidir para sempre se você vai ou não fazer exames. Mas todos os dias novos testes são criados. É preciso ter um ceticismo saudável sobre isso.

Fonte: Débora Mismetti - Editora Assistente de Saúde - http://www1.folha.uol.com.br
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Cuide bem de você...

www.cuidebemdevoce.com

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Jejum pode fazer bem à saúde


Sempre que se fala em jejum as pessoas pensam em religião, dieta ou manifestações políticas. Mas ficar sem comer pode trazer benefícios à saúde, em especial do coração, dizem pesquisadores do Centro Médico Intermountain, em Utah, Estados Unidos.

Segundo os especialistas, o jejum reduz os riscos de doença arterial coronariana (caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos em decorrência do espessamento das artérias) e diabetes, além de fazer mudanças significativas no nível de colesterol sanguíneo.

O efeito que o jejum tem sobre a saúde já vem sendo estudado há anos, e pesquisas anteriores mostram que ele realmente tem efeito benéfico na redução no risco da doença cardíaca, que é a principal causa de morte entre homens e mulheres dos Estados Unidos.

A nova pesquisa registrou as reações biológicas do organismo durante o período de jejum. Os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C, o "mau" colesterol) e de alta densidade (HDL-C, o "bom" colesterol) aumentaram significativamente: 14% e 6%, respectivamente. Isso elevou a taxa de colesterol total, o que pegou os pesquisadores de surpresa.

"O jejum provoca fome ou estresse. Em resposta, o organismo libera mais colesterol, permitindo utilizar a gordura como fonte de combustível em vez de glicose. Isso diminui o número de células de gordura no corpo", explica Benjamin Horne, diretor de Epidemiologia e Genética Cardiovascular na Faculdade de Medicina Intermountain e principal autor da pesquisa.

"Isso é importante porque quanto menos células de gordura no organismo, menor a probabilidade de resistência à insulina, ou diabetes", completa. Os resultados da pesquisa foram apresentados em 03 de abril, nas sessões científicas anuais do Colégio Americano de Cardiologia, em Nova Orleans.
Fonte

O jejum pode ser algo muito agradável e trazer durante o processo deste, excelente bem estar.

“Nosso corpo físico deveria ser como um violino que se entrega ao músico, o artista escondido...  Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não poderá ser ouvido com as cordas arrebentadas, portanto cuide bem de você!” L.R.

EMAGRECIMENTO - DESINTOXICAÇÃO - LIMPEZA
NUTRIÇÃO - REJUVENESCIMENTO

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Medicina em excesso?

John McKnight

Face à grande explosão dos custos na área médica, líderes trabalhistas questionam se devem continuar a trocar ganho real por benefícios médicos. O frustrado executivo da General Motors anunciou ter sua companhia pago uma quantia mais elevada pelo seguro de saúde do que pelo aço para produzir automóveis. O presidente da maior organização de seguro-saúde confessou que o principal problema de saúde nos Estados Unidos é como limitar os custos da medicina.

A princípio, o governo federal estabeleceu diretrizes encorajando a auto-regulamentação do setor médico. Essas medidas não deram resultado. Os custos aumentaram, apesar dos esforços administrativos e profissionais para limitar os gastos do sistema. Temos, porém, cada vez mais provas de que os serviços médicos têm pouco a ver com a saúde da população.

O economista Victor Fuchs reconhece o impacto dos novos conhecimentos médicos sobre a saúde é mínimo e conclui que “atualmente, a melhoria da saúde do povo americano depende, principalmente, daquilo que ele faz ou deixa de fazer por si mesmo.” E Anne Somers escreveu que “a maioria dos problemas de saúde importantes do país — acidentes de carros, todas as formas de dependência de drogas, inclusive o alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis, obesidade, muitos tipos de câncer, a maioria das doenças cardíacas e dos casos de mortalidade infantil — não pode ser atribuída a falhas no atendimento (médico), mas, sim, às condições de vida, ignorância ou irresponsabilidade dos doentes. Nenhuma quantidade de verbas adicionais, nem mesmo a reorganização do sistema, terão muito efeito sobre esse problema”.

Cinco caminhos

Face a esse dilema, a medicina americana criou novas possibilidades, novos caminhos.

O primeiro é a erradicação do resíduo. Existem algumas doenças que afligem uma pequena parcela da população. Um grande esforço é orquestrado para derrotar a poliomelite, o Lúpus eritematoso e a síndrome de Tourettes.

O segundo caminho é a possibilidade “biônica” — intervenções cirúrgicas para reconstruir o corpo humano. Invenções médicas mecânicas incluem hoje coronárias, implantes de mama e substituição das articulações, o transplante de órgãos e operações envolvendo mudança de sexo.

A terceira possibilidade é a manipulação genética. As pesquisas sobre clones e DNA sugerem possibilidades inimagináveis de criação de novos seres humanos. O exame do líquido amniótico permite a eliminação dos indivíduos psicológica ou sexualmente “indesejáveis”. Prometem o aperfeiçoamento da raça humana para permitir um futuro mais “humano”.

O quarto caminho é a possibilidade de redefinir a condição humana. Calvície, velhice, gravidez, menopausa e crianças hiperativas estão sendo definidas como males possíveis de serem corrigidos por intervenção médica. Há pouco tempo, foi descoberto um tratamento para a “síndrome da dona de casa cansada”. As possibilidades a serem exploradas são ilimitadas se a medicina consegue levar as pessoas a pensar que suas vidas são problemas médicos.

Por fim, cada uma dessas novas fronteiras médicas cria novos dilemas. À medida que avançamos nesses novos caminhos, surgem inúmeras questões sobre ética, custos, justiças e iatrogenia (doença provocada por erro médico). Cada questão requer novos recursos profissionais para corrigir os efeitos colaterais.

A promessa é uma ilusão

Em suma, a resposta da medicina para a crise dos custos é conduzir-nos em direção a novas fronteiras. A promessa que nos aguarda é:

erradicar as doenças;

reconstruir o corpo humano;

recriar a humanidade;

oferecer terapias para viver;

criar novos métodos para corrigir novos dilemas.

A oferta é, sem dúvida, interessante. O que a medicina está nos oferecendo não é apenas a eliminação da doença, mas o aperfeiçoamento da vida. Uma oferta difícil de recusar!

Entretanto, até mesmo os melhores e mais brilhantes profissionais da medicina sabem que a promessa não passa de uma ilusão. Os jornais médicos estão repletos de angustiantes artigos reconhecendo que, em sua ilimitada pretensão, a medicina tornou-se um falso deus que afasta o povo do caminho não-médico, que conduziria a uma sociedade sadia.

Resta, então, saber por que a sociedade continua fazendo um investimento tão catastrófico dos recursos nacionais.

Uma resposta diz que o povo é mal informado ou muito supersticioso e inclinado a seguir falsos deuses. Existe, também, outra explicação — a medicina moderna cresce porque suas principais funções são econômicas e políticas e não terapêuticas.

Tudo indica que nossa saúde, hoje, requer mudanças importantes no relacionamento individual, social, econômico e ambiental. Não requer investimento na medicina. Tais mudanças exigem alterações revolucionárias nas estruturas institucionais, nos sistema de valores, nas relações de poder e no estilo de vida. Obviamente, aqueles que lucram com as condições atuais não apoiariam esse “desenvolvimento da saúde”.

Como um dos principais sistemas educacionais da sociedade, a medicina ensina duas lições fundamentais:

quem sabe resolver os problemas é o especialista tecnicamente habilitado. A mensagem da propaganda médica é que precisamos acreditar no profissional. Ele compreende os problemas. Ele conhece as respostas;

consequentemente, o bem-estar dos indivíduos depende de sua capacidade de serem clientes. Você vai progredir e se desenvolver à medida que receber cuidados médicos. Você é consequência do atendimento — não daquilo que você faz.

A lição ensina como resposta “certa” que as pessoas encontrem seu potencial humano na qualidade de clientes, consumindo produtos profissionais. A possibilidade da população mudar uma sociedade doente por meio de sua própria ação é uma resposta “errada”, dada por cidadãos que não conseguem aprender a lição do sistema.

Em segundo lugar, a medicina oferece placebos para os indivíduos que ainda pensam em engajar-se em ações populares para mudar a ordem política que determina a saúde. Para os alienados, irados ou frustrados pelo impacto nocivo causado pela ordem atual, a medicina oferece uma quantidade monumental de medicamentos psicotrópicos que ajudam multidões a suportar a dor.

Em terceiro lugar, à medida que a sociedade investe nas cinco novas fronteiras da medicina, aprende que depende da máxima conquista profissional-tecnológica. Nossa saúde fica na expectativa dos peritos que trabalham com seus microscópios. Em vez de criarmos uma nova ordem sadia, acreditamos que precisamos usar nossos limitados recursos para pesquisa e desenvolvimento.

E, por fim, temos a habilidade da medicina moderna de ofuscar o perigo de uma sociedade tecnológica. Sua promessa de destruir a morte pelas mãos dos tecnocratas confirma uma visão mundial que valoriza o desenvolvimento tecnológico acima de tudo. Em uma sociedade deteriorada, devido ao crescimento ilimitado de sistemas tecnológicos, a medicina nos cega para a causa da nossa morte.
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Fonte: Resumo de artigo publicado na revista “Resurgence”

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