Palavras de um médico brasileiro:
Carlos Lyrio – Médico
Os médicos brasileiros estão morrendo de medo dos médicos
cubanos. Porque será? Afinal, quem não deve não teme! O fato é que as
corporações médicas estão muito preocupadas com a chegada dos cubanos.
É preciso pensar alguns pontos para compreendermos o temor.
Os médicos brasileiros sempre se sentiram muito confortáveis no exercício
profissional, pois o médico não é um profissional em abundância, principalmente
depois que os especialistas tomaram conta do mercado de trabalho. Uma coisa é
falar em médico, outra coisa é falar em mastologista, hematologista,
endocrinologista, imunologista, alergista e outros “istas” a mais. As
Faculdades de Medicina, atendendo em sua maioria às demandas de mercado da
indústria farmacêutica e de equipamentos médicos , produzem cada vez mais
“istas” e menos “médicos.” Uma coisa também interessante é que , no Brasil, as
Faculdades de Medicina parecem ser mais subordinadas aos órgãos corporativos
dos médicos do que ás instâncias governamentais. Elas resistem arrogantemente
às mudanças curriculares necessárias à adaptação do profissional médico ao
cenário sanitário do país. O resultado é um monte de “istas” batendo cabeça nos
corredores de hospitais da cidade grande e falta de médico no interior.
Outro fator interessante é que o estudante de medicina, na
maioria das vezes, vem da classe média alta e entra na faculdade sem o menor
interesse nas questões sanitárias do país. No início do curso alguns até podem
demonstrar um certo interesse ou sensibilidade às questões públicas, mas quando
começam a fase clínica passam a querer se especializar e, na residência,
concretizam sua formação, ingressando no mercado de trabalho interessados no
alto retorno financeiro, que será facilmente conquistado na rede privada de
saúde, principalmente a das grandes cidades. O vínculo público serve apenas
para aprimorar suas habilidades profissionais, durante os primeiros anos, que
serão, quando bem lapidadas no setor público, desfrutadas pelos pacientes
privados.
A verdade, sem hipocrisia, é que médico não vai para o
interior, por dinheiro nenhum. Salvo raras exceções, que na maioria das vezes,
se interiorizam, não por idealismo, mas para enriquecerem.
Por que o medo dos cubanos? Os médicos cubanos são
conhecidos no mundo inteiro por suas competências na rede básica e preventiva
de assistência a saúde no interior. São invejados até pelos norte-americanos. O
Programa Saúde da Família – PSF é inspirado no modelo de cuba, mas boicotado
pelas corporações médicas e Faculdades de Medicina. Se o PSF funcionar, não
teremos muito mais pacientes nos hospitais para os “istas” adestrarem suas
mãos. O temor não é só dos médicos, mas da indústria farmacêutica e de
equipamentos médicos e de todos os reacionários que se alimentam dela, ou seja,
se alimentam da doença e não da saúde. E agora? Bien venida a los colegas!
Fonte: INSTITUTO ROBERTO COSTA
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Bem, tive dois professores cubanos maravilhosos, que na época em que estudei por alguns anos com eles, ainda estavam sob a custódia de Cuba... São médicos na medicina moderna e também na medicina tradicional medicina chinesa, com nível de cientistas em Cuba... Eu estudei MTC porque fiquei apaixonada pela filosofia desta e me aprofundando nos estudos fui ficando cada vez mais agraciada por toda dedicação e empenho de meus professores com seus alunos... Minha eterna gratidão queridos professores Doutores: Ernesto G. Garcia e Pedro P. Arias!
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