Dia, noite, masculino, feminino, bem, mal; num universo de polaridades não poderia ser diferente, somos todos bipolares. Em se tratando do Transtorno (Afetivo) Bipolar definido pela Psicologia como doença caracterizada pela alternância de humor, a pessoa sofre com picos de euforia (episódios de mania) e de depressão, entremeados por períodos de normalidade. Mas o que é mania? Gosto levado ao extremo? Idéia fixa? O que é normalidade? O que está de conformidade com a norma? Quem a ditou? Quando? Já mudou? Isso não é mais normal? Quais as novas tendências? Está na moda? Quem criou? Quem copiou? No caso é o comportamento da maioria das pessoas frente a uma situação ou acontecimento; é comum que transformemos o comportamento da maioria, seja ele correto, adequado ou não; em conceito de normalidade sem maiores questionamentos.
As linhas divisórias que demarcam a normalidade ou não das atitudes sofrem a ação dentre outras coisas da educação e da cultura. Certos comportamentos são normais para determinado grupo cultural e para outro são patológicos. Exemplo, no Brasil pessoas que se encontram num velório e que "perderam um familiar", podem chorar gritar, descabelar-se sem maiores problemas; porém, caso alguém apresente atitudes como essa num velório no Japão, corre o risco de ser medicado ou internado.
No estado clássico de bipolaridade antes rotulado de PMD (Psicose Maníaca Depressiva) as alterações dos estados de euforia para depressão, ou vice-versa, podem acontecer repentinamente e desencadeados por motivos banais. Sendo assim, para conquistar o rótulo de Bipolar (serve de álibi e até como "abridor de portas" – cuidado comigo!) e, ou, para até conquistar uma camisa de força química de grife (medicamentos de última geração) ou de genéricos; antes de chegar nesse ponto de status, você deve causar muito espanto nas pessoas consideradas normais ou tornar-se incapaz de executar as tarefas cotidianas até que seja diagnosticado como tal: um bipolar da hora, da moda.
O auto-diagnóstico é possível?
Até pode ser, embora seja complicado, nossa auto-imagem é muito distorcida, pois fomos educados a nos camuflarmos e a sempre buscar culpados externos para justificar nossas atitudes e reações. Nosso olhar está sempre voltado para o público externo; no máximo admitimos - com certo orgulho disfarçado - não sermos normais. Claro que depende dos nossos interesses inconscientes.
Dica: deseja um doce depois do salgado – um salgado depois de um doce? – certamente é um bipolar.
Por que estamos nos tornando a cada dia, mais semelhantes aos bipolares clássicos prontos para serem medicados?
Entender o mecanismo não é tão complicado: ainda mais reagimos a estímulos do que agimos após o uso do raciocínio crítico. O Universo conspira contra nós ou a nosso favor depende da mensagem que enviamos. É fato, solicitamos cada acontecimento, pois o tempo todo emitimos energia através do pensamento, sentimento e atitudes e o Cosmo nos retribui com fatos e pessoas que se aproximam de nós e, reagimos sem pensar.
No ritmo de vida anterior (antes do estresse crônico) muitos portadores do distúrbio não percebiam essas mudanças ou consideravam que as alterações do humor tivessem origem em acontecimentos fortuitos, ou por um fator momentâneo e, considerado "forte"; daí, justificável pela maioria. Isso ocorre devido à perda do senso crítico e da capacidade de avaliação objetiva das situações, que ficam prejudicados ou ausentes. A verdade é que nunca fomos bons nisso: inteligência crítica e bom senso.
O atual aumento da percepção do problema decorre da aceleração e multiplicidade das experiências, pois, nessa situação, nossas desculpas e justificativas são desmentidas a jato.
A verdade é que sempre fomos bipolares; apenas de hora em diante seremos obrigados a aceitar.
Quais os sintomas segundo a psicologia?
De forma resumida:
Humor Eufórico – "E aí cara; tá alegre por quê?".
Coisas banais como a vitória do nosso time ou a derrota do eterno adversário pode nos levar a comemorar ou a um estado de luto; exemplo, o Corinthians ganha alegra os corintianos e entristece os palmeirenses. E até extravagantes acontecimentos como a euforia após a dispensa de um desafeto no ambiente de trabalho; a notícia da prisão ou da morte de um político corrupto...
Distração – Cadê o capacete? – Ah! seu guarda, acho que esqueci em casa.
A perda acelerada de memória recente e a falta de concentração decorrentes do estilo de vida atual nos tiram a paz; o que pode em breve nos levar a receber o rótulo de DDA (portador de deficiência de atenção).
Exaltação – Ir do oito ao oitenta sem senso crítico é o material de criação da obesidade do Ego – nos empolgamos com facilidade. O contra senso desse distúrbio, é a perda da auto-estima frente a situações banais. Na atualidade viajamos do céu ao inferno em minutos.
Gastos Excessivos – Somos ao mesmo tempo "muquiranas" e perdulários tão incoerentes quanto malucos. Algo do tipo: pessoas que economizam na comida, mas precisam de trinta pares de sapato e, uma interminável sucessão de exemplos.
Irritabilidade – Quando apenas nos sujeitamos a reagir ao invés de agir, estamos propícios a reações paradoxais – fazer tempestade em copo d'água está cada vez mais fácil. A cada dia nos tornamos mais hipersensíveis a estímulos corriqueiros. As cobranças do óbvio que deixamos de fazer por descuido, por exemplo, nos transtornam: "Meu bem; trancou a porta?" "Querido, deu descarga?" "Já fez a lição de casa?" E podem nos levar á loucura.
Impaciência - A cultura do "fast" – tudo para ontem – reforça cada vez mais a ansiedade e a pressa. A paz ciência ou ciência da paz exige raciocínio crítico e mente calma. A impaciência nos leva a reações paradoxais: Não consigo parar de comer; mas sofro de bulimia. Não consigo respirar; mas tenho apnéia do sono. Não sou capaz de evacuar; mas tenho dor de barriga de medo quando tenho que desempenhar uma simples tarefa, como responder a uma questão de prova ou visitar um cliente do qual dependo para pagar minhas contas.
Pensamento acelerado – Estar a mil, conquistar tudo num espaço curto de tempo para tornar-se bem sucedido é a realidade do ser feliz ou vencedor segundo os valores da sociedade atual.
Aumento de energia e disposição – Sob certos estímulos nem sempre importantes parecemos ligados no 220w, ficamos com a corda toda; em seguida, demoramos a pegar no tranco, a ponto de precisarmos de doping (estimulantes como a cafeína) para levar um simples dia a dia.
Otimismo exagerado – Tem dias que "viajamos na maionese", colocamos os óculos de lente cor de rosa e, com isso a vida se torna linda e maravilhosa sem motivos inteligentes nem adequados – logo depois, sem mais nem menos, ao menor contratempo, trocamos de lentes e passamos a enxergar tudo escuro e sem perspectivas de sucesso.
Aumento da auto-estima – quando passamos a nos "achar" sem motivos estamos a um passo do ridículo – é diferente de gostarmos de nós mesmos de forma coerente e inteligente.
Falta de senso crítico – Não se enxerga não? Somos especialistas em detectar esse distúrbio no próximo, porém nos ofendemos quando somos diagnosticados seja em pensamento ou na "lata".
Insônia – Perdemos o sono por situações banais que se resolvem por si só; mas, temos uma sonolência profunda quando temos que decidir algo importante para nossas vidas. Sono de mais ou sono de menos na hora errada e no momento inoportuno, são indicadores de bipolaridade.
Pavio curto – "Qual é meu?" Para que isso? - A perda da capacidade de contenção é confundida com a falta de paciência que a maioria nunca teve.
Há graduações na bipolaridade?
Em casos mais graves podem ocorrer: abuso de álcool ou drogas lícitas ou não. Delírios e alucinações. Desinibição exagerada ou desejo de desaparecer para sempre sem pensar em suicídio. Comportamentos inadequados que assombram os expectadores. Idéias de suicídio. Em se tratando de drogas ilícitas o consumo aumenta a passos de tartaruga se comparado com o avanço das drogas lícitas: comida e remédio – hoje as pessoas bipolares comem remédios para o sobe e desce da pressão arterial, das variações da glicemia, dos transtornos do humor, da libido...
Sintomas da fase depressiva?
Sintomas que podem surgir num episódio de depressão: Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio. Isolamento social e familiar. Apatia, desmotivação. Desânimo, cansaço mental. Dificuldade de concentração, esquecimento. Aumento do sono. Alteração do apetite. Pessimismo, idéias de culpa. Baixa auto-estima. Redução da libido. Com certeza, grande parte dos bipolares está nessa fase. E daí? Auto diagnosticou-se? – Está nos conformes da normalidade?
Como fica o corpo físico nessa brincadeira?
Em casos graves ocorrem: Dores e problemas físicos, como cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores no corpo, nas articulações e pressão no peito. Idéias suicidas. No Transtorno Bipolar, essas alterações são persistentes e os sintomas mais comuns são humor eufórico, irritabilidade, impaciência e exaltação, nos episódios de mania, e isolamento social, vazio, insegurança e desespero, nos episódios de depressão.
Quem pode nos ajudar?
O ideal é o auto diagnóstico. Mas, é importante que familiares e amigos saibam reconhecer esses sintomas para direcionar o portador do distúrbio a um tratamento apropriado.
Qual o melhor tipo de tratamento?
Segundo a visão da ciência oficial; atualmente a combinação de medicamentos com a psicoterapia é o método mais adequado para tratar o Transtorno Bipolar. Quanto mais cedo a pessoa for diagnosticada e fizer uma terapêutica adequada, melhor será sua recuperação, manutenção e qualidade de vida. Será que apenas isso basta? O que é uma terapêutica adequada? Conversar com um psicólogo a vida inteira? Tomar drogas que funcionam como camisa de força?
Claro que esses recursos são válidos até certo ponto e até um certo momento – porém são paliativos; recursos que a Natureza nos oferece até que façamos a nossa parte. Portanto, a educação preconizada por Jesus como psicoterapeuta, médico e educador é um dos caminhos... Quem quiser que o siga. Copiando Jesus, segundo a ciência da psicologia: o conhecimento da doença e do processo de recuperação pelo paciente também é importante, pois assim ele aumenta as perspectivas para uma vida produtiva, com estabilidade, qualidade e felicidade. Também é importante? Correção: é essencial, pois todo bipolar posiciona-se onde deseja e pelo tempo que quiser – na depressão ou na euforia – no bem ou no mal...
Dica de última hora
"Vigia e ora", pois do nada, aquele desejo impulsivo pode transformar-se numa cruel realidade cujas reparações se farão num planeta distante. Somos seres ainda agressivos e com ímpetos para a violência; a cada dia mais sem contenção. Aquela irmã chata e "peripakosa", pode levar um soco no nariz e ir para cirurgia ao apenas nos contradizer. Aquele desejo de atirar na parede aquela criaturinha que não para de chorar quando queremos dormir ou jogar pela janela do sexto andar a criança índigo que nos enche o dia todo é uma possibilidade que fará muita gente (aparentemente boa) morder a língua logo (cada vez mais rápido) depois julgar de forma crítica alguém, a ir colocar-se no banco dos réus. Pois, nossas pequenas vinganças contra os que afrontam nossos pobres desejos podem transformar-se em crimes hediondos. Esse é nosso aviso; um dos que ofertamos aos nossos pacientes no trabalho diário de médico de almas. Mas, como todo bipolar às vezes; tenho ímpetos de ajudar alguns pacientes a irem fundo nas suas necessidades...
Paz e Juízo para todos nós...
***
Dr. Américo Marques Canhoto é médico de família, homeopata e dedica-se a estudar a origem das doenças, usando como instrumento a filosofia de vida das pessoas. Para desenvolver as idéias deste livro, teve como base a tríade pensar-sentir-agir, a observação das relações interpessoais e as relações do homem com o meio ambiente. É autor do livro Doença: Causas e Tratamentos, além de diversas outras obras já em fase final. Realiza palestras sobre os temas de seus dois livros: Educar para um Mundo Novo e Doença: Causas e Tratamentos.
As linhas divisórias que demarcam a normalidade ou não das atitudes sofrem a ação dentre outras coisas da educação e da cultura. Certos comportamentos são normais para determinado grupo cultural e para outro são patológicos. Exemplo, no Brasil pessoas que se encontram num velório e que "perderam um familiar", podem chorar gritar, descabelar-se sem maiores problemas; porém, caso alguém apresente atitudes como essa num velório no Japão, corre o risco de ser medicado ou internado.
No estado clássico de bipolaridade antes rotulado de PMD (Psicose Maníaca Depressiva) as alterações dos estados de euforia para depressão, ou vice-versa, podem acontecer repentinamente e desencadeados por motivos banais. Sendo assim, para conquistar o rótulo de Bipolar (serve de álibi e até como "abridor de portas" – cuidado comigo!) e, ou, para até conquistar uma camisa de força química de grife (medicamentos de última geração) ou de genéricos; antes de chegar nesse ponto de status, você deve causar muito espanto nas pessoas consideradas normais ou tornar-se incapaz de executar as tarefas cotidianas até que seja diagnosticado como tal: um bipolar da hora, da moda.
O auto-diagnóstico é possível?
Até pode ser, embora seja complicado, nossa auto-imagem é muito distorcida, pois fomos educados a nos camuflarmos e a sempre buscar culpados externos para justificar nossas atitudes e reações. Nosso olhar está sempre voltado para o público externo; no máximo admitimos - com certo orgulho disfarçado - não sermos normais. Claro que depende dos nossos interesses inconscientes.
Dica: deseja um doce depois do salgado – um salgado depois de um doce? – certamente é um bipolar.
Por que estamos nos tornando a cada dia, mais semelhantes aos bipolares clássicos prontos para serem medicados?
Entender o mecanismo não é tão complicado: ainda mais reagimos a estímulos do que agimos após o uso do raciocínio crítico. O Universo conspira contra nós ou a nosso favor depende da mensagem que enviamos. É fato, solicitamos cada acontecimento, pois o tempo todo emitimos energia através do pensamento, sentimento e atitudes e o Cosmo nos retribui com fatos e pessoas que se aproximam de nós e, reagimos sem pensar.
No ritmo de vida anterior (antes do estresse crônico) muitos portadores do distúrbio não percebiam essas mudanças ou consideravam que as alterações do humor tivessem origem em acontecimentos fortuitos, ou por um fator momentâneo e, considerado "forte"; daí, justificável pela maioria. Isso ocorre devido à perda do senso crítico e da capacidade de avaliação objetiva das situações, que ficam prejudicados ou ausentes. A verdade é que nunca fomos bons nisso: inteligência crítica e bom senso.
O atual aumento da percepção do problema decorre da aceleração e multiplicidade das experiências, pois, nessa situação, nossas desculpas e justificativas são desmentidas a jato.
A verdade é que sempre fomos bipolares; apenas de hora em diante seremos obrigados a aceitar.
Quais os sintomas segundo a psicologia?
De forma resumida:
Humor Eufórico – "E aí cara; tá alegre por quê?".
Coisas banais como a vitória do nosso time ou a derrota do eterno adversário pode nos levar a comemorar ou a um estado de luto; exemplo, o Corinthians ganha alegra os corintianos e entristece os palmeirenses. E até extravagantes acontecimentos como a euforia após a dispensa de um desafeto no ambiente de trabalho; a notícia da prisão ou da morte de um político corrupto...
Distração – Cadê o capacete? – Ah! seu guarda, acho que esqueci em casa.
A perda acelerada de memória recente e a falta de concentração decorrentes do estilo de vida atual nos tiram a paz; o que pode em breve nos levar a receber o rótulo de DDA (portador de deficiência de atenção).
Exaltação – Ir do oito ao oitenta sem senso crítico é o material de criação da obesidade do Ego – nos empolgamos com facilidade. O contra senso desse distúrbio, é a perda da auto-estima frente a situações banais. Na atualidade viajamos do céu ao inferno em minutos.
Gastos Excessivos – Somos ao mesmo tempo "muquiranas" e perdulários tão incoerentes quanto malucos. Algo do tipo: pessoas que economizam na comida, mas precisam de trinta pares de sapato e, uma interminável sucessão de exemplos.
Irritabilidade – Quando apenas nos sujeitamos a reagir ao invés de agir, estamos propícios a reações paradoxais – fazer tempestade em copo d'água está cada vez mais fácil. A cada dia nos tornamos mais hipersensíveis a estímulos corriqueiros. As cobranças do óbvio que deixamos de fazer por descuido, por exemplo, nos transtornam: "Meu bem; trancou a porta?" "Querido, deu descarga?" "Já fez a lição de casa?" E podem nos levar á loucura.
Impaciência - A cultura do "fast" – tudo para ontem – reforça cada vez mais a ansiedade e a pressa. A paz ciência ou ciência da paz exige raciocínio crítico e mente calma. A impaciência nos leva a reações paradoxais: Não consigo parar de comer; mas sofro de bulimia. Não consigo respirar; mas tenho apnéia do sono. Não sou capaz de evacuar; mas tenho dor de barriga de medo quando tenho que desempenhar uma simples tarefa, como responder a uma questão de prova ou visitar um cliente do qual dependo para pagar minhas contas.
Pensamento acelerado – Estar a mil, conquistar tudo num espaço curto de tempo para tornar-se bem sucedido é a realidade do ser feliz ou vencedor segundo os valores da sociedade atual.
Aumento de energia e disposição – Sob certos estímulos nem sempre importantes parecemos ligados no 220w, ficamos com a corda toda; em seguida, demoramos a pegar no tranco, a ponto de precisarmos de doping (estimulantes como a cafeína) para levar um simples dia a dia.
Otimismo exagerado – Tem dias que "viajamos na maionese", colocamos os óculos de lente cor de rosa e, com isso a vida se torna linda e maravilhosa sem motivos inteligentes nem adequados – logo depois, sem mais nem menos, ao menor contratempo, trocamos de lentes e passamos a enxergar tudo escuro e sem perspectivas de sucesso.
Aumento da auto-estima – quando passamos a nos "achar" sem motivos estamos a um passo do ridículo – é diferente de gostarmos de nós mesmos de forma coerente e inteligente.
Falta de senso crítico – Não se enxerga não? Somos especialistas em detectar esse distúrbio no próximo, porém nos ofendemos quando somos diagnosticados seja em pensamento ou na "lata".
Insônia – Perdemos o sono por situações banais que se resolvem por si só; mas, temos uma sonolência profunda quando temos que decidir algo importante para nossas vidas. Sono de mais ou sono de menos na hora errada e no momento inoportuno, são indicadores de bipolaridade.
Pavio curto – "Qual é meu?" Para que isso? - A perda da capacidade de contenção é confundida com a falta de paciência que a maioria nunca teve.
Há graduações na bipolaridade?
Em casos mais graves podem ocorrer: abuso de álcool ou drogas lícitas ou não. Delírios e alucinações. Desinibição exagerada ou desejo de desaparecer para sempre sem pensar em suicídio. Comportamentos inadequados que assombram os expectadores. Idéias de suicídio. Em se tratando de drogas ilícitas o consumo aumenta a passos de tartaruga se comparado com o avanço das drogas lícitas: comida e remédio – hoje as pessoas bipolares comem remédios para o sobe e desce da pressão arterial, das variações da glicemia, dos transtornos do humor, da libido...
Sintomas da fase depressiva?
Sintomas que podem surgir num episódio de depressão: Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio. Isolamento social e familiar. Apatia, desmotivação. Desânimo, cansaço mental. Dificuldade de concentração, esquecimento. Aumento do sono. Alteração do apetite. Pessimismo, idéias de culpa. Baixa auto-estima. Redução da libido. Com certeza, grande parte dos bipolares está nessa fase. E daí? Auto diagnosticou-se? – Está nos conformes da normalidade?
Como fica o corpo físico nessa brincadeira?
Em casos graves ocorrem: Dores e problemas físicos, como cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores no corpo, nas articulações e pressão no peito. Idéias suicidas. No Transtorno Bipolar, essas alterações são persistentes e os sintomas mais comuns são humor eufórico, irritabilidade, impaciência e exaltação, nos episódios de mania, e isolamento social, vazio, insegurança e desespero, nos episódios de depressão.
Quem pode nos ajudar?
O ideal é o auto diagnóstico. Mas, é importante que familiares e amigos saibam reconhecer esses sintomas para direcionar o portador do distúrbio a um tratamento apropriado.
Qual o melhor tipo de tratamento?
Segundo a visão da ciência oficial; atualmente a combinação de medicamentos com a psicoterapia é o método mais adequado para tratar o Transtorno Bipolar. Quanto mais cedo a pessoa for diagnosticada e fizer uma terapêutica adequada, melhor será sua recuperação, manutenção e qualidade de vida. Será que apenas isso basta? O que é uma terapêutica adequada? Conversar com um psicólogo a vida inteira? Tomar drogas que funcionam como camisa de força?
Claro que esses recursos são válidos até certo ponto e até um certo momento – porém são paliativos; recursos que a Natureza nos oferece até que façamos a nossa parte. Portanto, a educação preconizada por Jesus como psicoterapeuta, médico e educador é um dos caminhos... Quem quiser que o siga. Copiando Jesus, segundo a ciência da psicologia: o conhecimento da doença e do processo de recuperação pelo paciente também é importante, pois assim ele aumenta as perspectivas para uma vida produtiva, com estabilidade, qualidade e felicidade. Também é importante? Correção: é essencial, pois todo bipolar posiciona-se onde deseja e pelo tempo que quiser – na depressão ou na euforia – no bem ou no mal...
Dica de última hora
"Vigia e ora", pois do nada, aquele desejo impulsivo pode transformar-se numa cruel realidade cujas reparações se farão num planeta distante. Somos seres ainda agressivos e com ímpetos para a violência; a cada dia mais sem contenção. Aquela irmã chata e "peripakosa", pode levar um soco no nariz e ir para cirurgia ao apenas nos contradizer. Aquele desejo de atirar na parede aquela criaturinha que não para de chorar quando queremos dormir ou jogar pela janela do sexto andar a criança índigo que nos enche o dia todo é uma possibilidade que fará muita gente (aparentemente boa) morder a língua logo (cada vez mais rápido) depois julgar de forma crítica alguém, a ir colocar-se no banco dos réus. Pois, nossas pequenas vinganças contra os que afrontam nossos pobres desejos podem transformar-se em crimes hediondos. Esse é nosso aviso; um dos que ofertamos aos nossos pacientes no trabalho diário de médico de almas. Mas, como todo bipolar às vezes; tenho ímpetos de ajudar alguns pacientes a irem fundo nas suas necessidades...
Paz e Juízo para todos nós...
***
Dr. Américo Marques Canhoto é médico de família, homeopata e dedica-se a estudar a origem das doenças, usando como instrumento a filosofia de vida das pessoas. Para desenvolver as idéias deste livro, teve como base a tríade pensar-sentir-agir, a observação das relações interpessoais e as relações do homem com o meio ambiente. É autor do livro Doença: Causas e Tratamentos, além de diversas outras obras já em fase final. Realiza palestras sobre os temas de seus dois livros: Educar para um Mundo Novo e Doença: Causas e Tratamentos.
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O Dr. Sergio, médico e pesquisar emérito ao meu ver, cita aqui neste vídeo sobre a Bipolaridade.
Glândula Pineal pelo Dr.Sergio Felipe de Oliveira: http://br.youtube.com/watch?v=HTgiJjBumD4&feature=related
Glândula Pineal pelo Dr.Sergio Felipe de Oliveira: http://br.youtube.com/watch?v=HTgiJjBumD4&feature=related
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Eu mesma sou minha maior vitória, pois tive um certo grau desse transtorno por grande parte de minha vida... Felizmente, no meio dessa roda viva, houve momentos de lucidez onde pude fazer uma escolha; acabar com a minha vida, caminho que me era altamente sugestivo ou me curar...
A disponibilidade (algo de que não podemos abrir mão) para esta última opção acabou por ser forte ao ler um certo livro na época, que verdadeiro ou não, foi importante para me chamar a atenção sobre atitudes não resolvidas, pois incorreria em repetição o que, inevitavelmente, teriam que ser vivenciadas novamente. Bendito livro!
Sou grata a esse transtorno e a toda Sabedoria Interna que rege a mim e a todos nós, pois a partir daí começou a busca por mim mesma e pude descobrir que eu não era todo aquele desequilíbrio, aquele pêndulo oscilante, registros desestabilizantes e sim que sou apenas e tão somente AMOR e nele não há a dualidade, esta sendo apenas fruto de nossas memórias ancestrais.
A partir desse "retorno ao Amor", algo de que nunca saí, porém nublado por véus de equivocos, acabei por me tornar uma terapeuta por ideal de vida e um profundo desejo de poder estender a tantos as alegrias e resuldados de optarmos por sermos nossa maior prioridade, portanto....
CUIDE BEM DE VOCÊ!
Lena Rodriguez
O assunto, a meu ver, foi tratado de forma inconseqüente e banalizado ao extremo. Uma pessoa que sofre de TBP não pode ser classificada desta forma. Os comportamentos não ocorrem do jeito que foram postos, nada têm a ver com jogos do corínthians ou palmeiras, mas com a distorção da realidade, com sentimentos perturbadores, seja de mania ou depressão (ou ainda os estados mistos). O sujeito com essa doença sofre, a família sofre, enfim, não se pode dizer que isso seja uma porta aberta para se fazer o que quer, parece uma desculpa, quando é uma doença com causas investigadas desde Hipócrates... É inconseqüência falar dessa forma de uma doença que causa o maior número de suicídios entre pessoas com alguma patologia mental (inclusive o auto-diagnóstico é uma indicação perigosa). A doença não pode ser vista apenas em seu aspecto biológico, nem espiritual, nem psicológico, mas entendida como a união deles. Sua banalização não vai diminuir sua gravidade, apenas contribuir para que o preconceito e a desinformação aumente. Não existe uma "moda bipolar", assim como não há uma moda esquizofrênica. O que ocorre hoje é que se fala mais a respeito da doença, o que também ocorreu com o câncer (sem que ninguém banalize sua gravidade). Infelizmente há artigos que contribuem para que os pacientes com essa enfermidade sofram ainda mais. Antes de se escrever sobre o tema, acho fundamental colocar-se no lugar de quem sofre com a doença.
ResponderExcluirCássia Janeiro
Boa tarde!Tenho transtorno bipolar e não concordo com o depoimento que a Cassia deixou.O bipolar é inteligente, cheio de crises, insegurança, mas gostei muito do documentário.Nada como orar e vigiar.Parabéns
ResponderExcluirSou bipolar, mas por ora temo ser reconhecida. Fui muito estigmatizada por colegas desinformados. Hoje, graças ao meu psiquiatra e psicólogo sei muito bem lidar com esta doença, que não é muito diferente de doenças que maltrata a humanidade.
ResponderExcluirProcuro ser feliz, leio bastante sobre o assunto e levar a vida com bastante entusiasmo. Às vezes consigo, às vezes não.
No começo foi muito difícil para minha família, mas hoje eles conseguem ver isto como um mal menor. Pois sou muito dinâmica e não deixo esta doença passar do seu limite: ou seja, sempre vigio a minha qualidade de vida e não deixo que as pessoas sintam pena de mim. Como toda doença deve ser tratada com seriedade e a propósito o livro: Mentes inquietas me ajudou bastante.
Grata.
W.L.R.M.
Fico feliz por você, é imprescindível tbm o tratamento do padrão emocional que se encontra por trás desta, como de toda patologia, a cura se encontra aí, embora a maioria dos bipolares que conheci, infelizmente acreditam que não há cura... Sou uma ex-bipolar e por não aderir a essa crença há muito estou curada, em Paz e feliz... É exatamente o trabalho que faço, tudo o que faço fui buscar para mim mesma, acabei me tornando uma terapeuta por ideal de vida... Sou grata, sou grata, sou grata.
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